terça-feira, 2 de março de 2010

- Auto-Convicção -

Sempre que pintava o singelo coração de vermelho me perdia nas lembranças de seu sangue pulsando através de meus lábios e do meu amor jorrado entre seus duros gestos e ecoando em mentes submissas de desejo.
O balbuciar de suas palavras seravam meu coração como navalhas cortam o rosto de homens inexperientes em seu primeiro rastro de masculinidade em sua face.
Os clichês revelados por atrizes oferecidas e altamente sem talento me extinguia de qualquer semelhança entre o que um dia pude (ou pudera) nomear de romance.
As ações rebatem consequentemente as fitas de cetim branco que me rodeava os olhos, formando um simétrico laço em seu final.
Ás cegas era indolor a sensação arrebatadora de angústia, irritação e anestesia. Era quase tão inconsequente quanto abraçar um animal feroz ou se unir a um assassino de sangue frio. Tudo era bola de pêlos enroscada em minha garganta felina quando se tratava de me retirar a cegueira para que pudesse enxergar, sem querer confiar em meus próprios instintos, a farsa de sentimentos que você fingia ser humana, ser verdadeira.
A senescência das minhas atitudes transformava sentimentos rudes em amores lapidadosem lápides de compactualidade com a verdadeira essência da palavra amiga e o sentido que exala como o perfume de uma rosa dentro do peito amargo pelo pecado de viver, a vontade, um grande romance modificado pelo passar do tempo, pelo contornar do futuro.
A vida de quem ama é tão real como uma gota de orvalho que escorre pela face de quem não acredita em seu próprio progresso, que não confia no seu próprio potencial de fazer o coração bater apaixonadamente.

- By: Kellovers Kurrupako

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